Ricardo
Dantas Duarte, 39 anos, filho de um agricultor e de uma merendeira, um autentico
cidadão brasileiro que acreditou em um sonho e dedicou-se aos estudos para
realizar um desejo, “mudar sua história”, ser muito mais do que motorista e sim
um medico. Muitos não têm a audácia e inclinação,
mas ele acreditou que poderia mudar sua história “Historia de motorista de ambulância
para um profissional na área de medicina”, a realização de um sonho. Cidadão
este que saiu de uma pequena cidade do interior do RN, mais precisamente da cidade
de Lucrécia-RN, para estudar Medicina na Bolívia.
Hoje
trabalha como médico do Programa de Saúde da Família (PSF), e coordena uma
unidade de urgência da cidade, dá plantão em municípios vizinhos e ainda arruma
tempo para atender pacientes em um consultório montado na própria casa. Um
guerreiro vencedor, um exemplo para muitos jovens e adultos que por um motivo
ou outro deixaram de acreditar em sua capacidade de mudar a historia.
Da ambulância ao consultório
Ex-motorista
atende pacientes gratuitamente fora do horário de trabalho.
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Companheiro de trabalho de Ricardo na
época das ambulâncias, Cleberson Dantas de Brito, de 38 anos, lembra que o
trabalho do médico ia além do transporte de pacientes. "Os dois motoristas
éramos nós. Além de dirigir, Ricardo marcava consulta, entrava em fila. O
trabalho despertou o desejo dele de ajudar os pacientes de melhor forma",
conta Cleberson, que também largou as ambulâncias e atualmente trabalha no
Conselho Tutelar de Lucrécia.
Cleberson explica que no início foi
difícil acreditar no plano do companheiro. "O que mais me admirou foi ele
ter deixado a mulher e a filha para realizar o sonho. No início as pessoas, até
da família, tinham receio e medo. Na primeira vez que ele veio visitar a cidade
tivemos firmeza da decisão dele", relata.
Outro que acompanhou a trajetória de
Ricardo foi o aposentado Manoel Alves do Nascimento, conhecido como Nezinho, de
68 anos. Por cinco anos o médico levou a mulher de Nezinho, na época com
câncer, para Natal. A mulher faleceu pouco tempo depois, mas Manoel Alves é até
hoje grato pelo tratamento dado por Ricardo. "É um irmão", resume o
aposentado, que também é paciente do médico.
Por
Emídio Sena/ Via G1-RN
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