Radialista
F. Gomes, assassinado em 18 de
outubro
de 2010. (Foto: Sidney Silva/Cedida)
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O comerciante Lailson Lopes
foi condenado a 14 anos de prisão em regime fechado por ser um dos mandantes do
assassinato do radialista Francisco Gomes, em 2010, na cidade de Caicó, região
Seridó do Rio Grande do Norte. A sentença de Lailson foi lida pelo juiz
Criminal de Caicó, Luiz Cândido Villaça, na tarde deste sábado (12). O advogado
dele, Aneziano Gomes, disse que irá recorrer da sentença.
Após três dias de júri
popular, os jurados entenderam que, conforme defendia o Ministério Público,
Lailson Lopes é um dos mandantes da morte de F. Gomes. Gordo da Rodoviária,
como é conhecido Lailson, alegava inocência. "Aceitamos a decisão, mas
antecipo que iremos recorrer", falou o advogado de Lailson após a leitura
da sentença.
Julgamento
Os dois primeiros dias foram
dedicados a ouvida das testemunhas e a mostra de vídeos de depoimentos gravados
durante a instrução processual dos demais réus. Ao todo, 16 testemunhas, sendo
oito arroladas pela defesa e oito pela acusação, foram ouvidas.
O advogado Aneziano Ramos,
que defende o Gordo, sustenta que seu cliente não mandou matar o jornalista F.
Gomes. Ele disse que a avaliação que faz do júri é positiva. "O julgamento
serve justamente para se discutir as provas, para se esclarecer dúvidas,
explicitar detalhes e proporcionar aos jurados que eles possam julgar com
segurança, que eles saibam o que estão fazendo. O juiz está tendo atitudes
extremamente democráticas, sendo imparcial. Ele nos permite trabalhar com a verdade
dentro da lei", disse.
No depoimento, o Gordo da
Rodoviária contou que ouviu de Rivaldo Dantas que um tenente-coronel da Polícia
Militar é que tinha interesse na morte de F Gomes. "Lailson deixou bem
claro que não sabe quem é esse coronel. O que ele sabe é o que foi dito pelo
advogado Rivaldo Dantas", afirmou. Rivaldo Dantas é réu no processo também
acusado de ser mandante da morte de F. Gomes.
O promotor de Justiça
Geraldo Rufino disse que esperava que o júri transcorresse como está, tendo o
Gordo afirmando que é inocente. Ele usa até uma camisa com a palavra
"inocente". "A nossa avaliação é de que o Lailson é culpado. A
versão que ele apresentou no plenário não tem lógica. Toda a história mostra
que havia uma comunhão entre Lailson, Rivaldo e o Pastor. Eles três estavam
juntos o tempo todo, e Dão se soma a esse grupo", destaca.
Emidio Sena / Viao G1 RN
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