Há 15 anos que Ivanise Esperidião da Silva Santos procura pela filha desaparecida, que sumiu quando tinha 13 anos e voltava de uma festa de aniversário. “Minha filha desapareceu no dia 23 de dezembro de 1995, a 120 metros de distância da nossa casa, quando voltava da casa de uma colega da escola. E durante o tempo em que vivi a minha busca sozinha, cheguei à beira da loucura”, contou ela, em entrevista à Agência Brasil.
A busca solitária de Ivanise Esperidião pela filha fez com que ela conhecesse Vera Lúcia Gonçalves, de São Paulo. As duas criaram a Associação Brasileira de Busca e Defesa à Criança Desaparecida, mais conhecida como Mães da Sé, que funciona em desde março de 1996 na capital paulista.
Desde então, a organização não governamental (ONG) Mães da Sé já cadastrou mais de 10 mil casos de pessoas desaparecidas, a maior parte no estado de São Paulo. Desse total, 2.347 pessoas foram encontradas com vida e 206, mortas. Na ONG, Ivanise observou que, na grande maioria, as vítimas são crianças de pele clara e bem afeiçoada "e de classe social muito baixa”, disse Ivanise. Em São Paulo, segundo ela, as meninas são maioria entre crianças e adolescentes desaparecidos. Apesar de tudo, ela não perde a esperança de rever a filha. “O que tem me mantido viva é a certeza de que um dia eu vou encontrá-la. O dia em que eu perder a esperança, eu morro”.
O Mães da Sé tem como missão colaborar na elucidação de casos de desaparecimento de pessoas e fiscalizar e apoiar a atuação das autoridades governamentais. Contatos com o Mães da Sé podem ser feitos por meio do endereço eletrônico www.maesdase.org.br, pelo telefone (0xx11) 3337-3331 ou no endereço Rua São Bento, 370 - 9º andar, conjunto 91, sala 02, no centro de São Paulo.
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Por Emidio Sena
Via Agencia Brasil
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