BRASÍLIA: O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta sexta-feira que a presidente Dilma Rousseff não quer que haja aumento da gasolina.
'A Petrobras tem interesse em fazer um reajuste dos preços (da gasolina), que não sobem há nove anos. Mas tanto o ministro Mantega quanto eu temos dito à Petrobras que não concordamos com esse aumento, ' disse o ministro, acrescentando que a presidente que disse que 'não quer que haja esse aumento. '
O ministro observou, porém, que se o preço internacional do petróleo ficar acima do patamar atual, o aumento da gasolina será inevitável.
'Se o preço internacional do barril de petróleo se elevar substancialmente, além do patamar de hoje, que já está bastante elevado, aí se tornará inevitável,' disse Lobão, falando com jornalista depois de participar do programa de rádio Bom Dia Ministro.
'Mas imagino que haverá uma estabilização nos preços do barril de petróleo internacionalmente.', acrescentou
Questionado se a iniciativa do governo de barrar o reajuste não prejudica os demais acionistas da Petrobras, Lobão respondeu que 'o governo é o principal acionista' e que a empresa continua dando lucro. 'Nós temos de olhar o interesse do povo,' acrescentou.
Segundo Lobão, a Petrobras já havia manifestado internamente o desejo de subir a gasolina se o preço internacional do barril do petróleo chegasse a 105 dólares.
'Estamos em 120 dólares e não houve reajuste,' disse.
O vencimento mais negociado do petróleo Brent, negociado em Londres,, operava em alta de 1,38 por cento, a 124,36 dólares o barril.
Mas o contrato referência do petróleo nos Estados Unidos, base maio, registrava ganho mais moderado de cerca de 0,7 por cento, a 111,06 dólares o barril, por volta da 10h45.
ETANOL
O ministro confirmou que o governo está estudando medidas para aumentar a regulação sobre o etanol. Ele admitiu que entre as hipóteses estudadas está a taxação das exportações de açúcar. 'Estamos estudando um elenco de medidas. A taxação pode vir a ser (incluída),' disse.
*Via G1.Globo.com
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