A
Polícia Militar de Apodi flagrou, no final da tarde da última quinta-feira, 8,
um abatedouro clandestino na zona rural do município. Os policiais encontraram
vários animais já abatidos, pendurados em árvores, e outros amarrados prontos
para o abate. Segundo o que foi apurado, há muito esse serviço era realizado no
local. A carne e três pessoas foram conduzidas à delegacia de Polícia Civil
para a realização dos procedimentos cabíveis e esclarecimentos.
Os
policiais fotografaram a cena e registraram a presença de animais, como
cachorro e galinhas, transitando próximo da carne que, provavelmente, seria
comercializada no mercado público de Apodi. As vísceras dos animais estavam em
sacos sobre uma caminhonete, possivelmente usada para o transporte, e as patas
de um bovino, que também são vendidas nas feiras livres, tinham sido colocadas
no chão.
De
acordo com o soldado PM Coriolano, a Polícia chegou ao local através de uma
denúncia anônima. Ao chegar, três homens (não identificados pela Polícia)
realizavam o trabalho de tratamento dos animais. "Ao questionar o destino
da carne, os homens entraram em contradição", disse.
Um
dos envolvidos disse que o abate clandestino é comum na região, mas não quis
dar mais detalhes nem apontar lugares nem pessoas. Coriolano disse também que o
Ministério Público tinha enviado uma recomendação para que a PM ficasse atenta
a esse tipo de ocorrência.
O
PM ainda comentou que, sabendo do acontecido, algumas pessoas ligaram para a
delegacia querendo saber o nome do acusado, para não comprar mais carne em sua
banca. "O erro de um acaba condenando todo mundo", lamenta o
policial.
Os
três homens encontrados no local foram conduzidos à delegacia civil. De acordo
com o escrivão José Luis, eles alegaram que a carne seria usada para um
churrasco pessoal e, por não ter prova de que seria vendida no mercado público,
foram liberados e a carne foi devolvida. Ainda assim, José Luis lembrou que é
ilegal o abatimento de animais em outro local que não seja o abatedouro do
município.
PREFEITURA
O
chefe de gabinete da Prefeitura, Klinger Pinto, explicou que a Vigilância em
Saúde e Sanitária do município está atuando para identificar casos como esses,
mas lembrou que o território do município é muito grande e, portanto, é
importante que as pessoas denunciem. "Estamos esperando ser chamado pelo
Ministério Público para que possamos sugerir a assinatura de um Termo de Ajuste
de Conduta com os marchantes da cidade", disse Klinger.
De
acordo com o chefe de gabinete, recentemente foram investidos R$ 150 mil para
modernizar o abatedouro público municipal, que possui ainda um caminhão
frigorífico para transportar a carne. Klinger acredita que esse tipo de
contravenção ocorre porque as pessoas não querem pagar impostos ou fugir da
burocracia legal.
Jornal
de Fato
Um comentário:
Voce, me convidou e estou aqui lendo e seguindo o seu blogue.
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