A partir do
segundo semestre, mais duas vacinas farão parte do calendário de imunização das
crianças. As novidades são a inclusão da vacina injetável contra a paralisia
infantil e a pentavalente, que imunizará contra cinco doenças e substituirá a
tetravalente.
A entrada no
calendário de imunização da vacina injetável contra paralisia infantil não vai
implicar a retirada da dose em gotinhas da lista, já que a dose em agulha não
substitui a vacina em gotas. A diferença entre as duas é que a vacina injetável
usa o vírus morto e, a segunda, o vírus vivo atenuado (mais fraco).
Segundo o
ministro, a vantagem da vacina oral é proteger um grande número de crianças,
mesmo quem não foi imunizado. “A vacina oral causa um efeito rebanho. Mesmo as
crianças não vacinadas, são protegidas quando vacinamos várias crianças. A oral
é eliminada nas fezes da criança e, nos locais onde há pouco saneamento básico,
causa um efeito de proteção no ambiente”, explica o secretário de Vigilância em
Saúde, Jarbas Barbosa. A injetável será aplicada nos bebês com 2 e 4 meses de
idade e, a oral, no reforço aos 6 e 15 meses.
Com a vacina
antipólio injetável, o campanha contra a paralisia infantil em 2012 muda. Em
vez de duas mobilizações nacionais contra a doença, na primeira etapa da
campanha, prevista para 16 de junho, as crianças com menos de 5 anos de idade
vão tomar a vacina oral, independentemente de terem sido vacinadas antes. Já na
segunda fase, em agosto, os pais devem levar os filhos para tomar outras
vacinas que estiverem atrasadas. Quem tiver perdido o cartão, pode procurar o
posto, mesmo sem o documento, para atualizar as vacinas.
A injetável
tem sido adotada em países sem registro de casos de pólio. O Brasil não tem
caso da doença há mais de 20 anos. No entanto, a Organização Pan-Americana de
Saúde (OPAS) recomenda que as nações mantenham a vacinação oral até que a pólio
seja eliminada em todo o mundo. Em pelo menos 25 países, o vírus continua a
circular e a doença é considerada endêmica.
Já com a
inclusão da vacina pentavalente, o objetivo é imunizar a criança contra cinco
doenças em uma única dose: difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus
influenza tipo B e hepatite B. Os pequenos serão vacinados aos 2, 4 e 6
meses de idade. Atualmente, as crianças tomam a tetravalente, contra quatro
doenças, e também a vacina contra a hepatite B.
Será mantido
o reforço de difteria, tétano e coqueluche, sendo o primeiro a partir do
primeiro ano de vida e o segundo, entre 4 e 6 anos de idade. O récem-nascidos
devem continuar recebendo a primeiro dose da vacina contra hepatite B nas
primeiras 12 horas de vida para evitar a transmissão vertical da doença, de mãe
para filho.
Carolina
Pimentel
Repórter da Agência
Brasil
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