Dentre as 75 áreas de risco
que a Prefeitura do Natal já havia identificado em meados da década passada,
está a rua Altamira, situada vizinho ao Centro de Turismo, em Petrópolis. Em
maio de 2011 a Defesa Civil do município interditou quatro residências da rua,
que em decorrência das fortes chuvas, corriam risco de desabar.
Hoje, a situação é
praticamente inversa, segundo informou o
coordenador municipal da Defesa Civil, Irimar Matos, porque apenas uma
casa continua interditada e a moradora passou a residir em outro local.
"Nós voltamos lá e vimos que os proprietários de outras duas residências
estão fazendo reformas das casas", disse ele.
Uma das moradoras da rua
Altamira, Fabiana do Nascimento, informou que, recentemente, pegou suas
economias, cerca de R$ 10 mil e, junto com o marido, comprou outra casa que
estava com risco de cair, mas está fazendo uma reforma, inclusive construindo
colunas para tornar a residência mais segura.
Na tarde da sexta-feira, dia
6, uma equipe de Jornalismo da TRIBUNA DO NORTE esteve na rua Altamira, mas
dois dos moradores que estão reconstruindo suas casas, não quiseram falar, e
informaram que "ainda estavam devendo" a loja de material de
construção, onde compraram telha, cimento, tijolo e outros equipamentos para
reconstrução do imóvel.
A irmã de Fabiana, Cleane do
Nascimento, disse que atualmente é a única que tem a casa interditada, e
atualmente mora com um irmão nas Rocas. Ela lamenta que não tenha o apoio da prefeitura para o aluguel social,
"pois quando vai atrás de uma casa para alugar", pedem um caução que
ela não tem condições de antecipar ao locatário.
Mesmo que três dos quatro
moradores tenham achado uma solução para a recuperação das casas, Irimar Matos
disse que isso não quer dizer que a rua Altamira deixou de ser área de risco, "O
problema é permanente".
No último fim de semana mês
mo, Fabiana do Nascimento mostrou a casa de um vizinho, que não havia sofrido
interdição no ano passado, mas que em decorrências das chuvas da semana
passada, ruiu a laje de um piso feito sobre a encosta próximo à Lagoa do Jacó, onde a prefeitura está encaminhando um
projeto, que está emperrado junto ao
governo federal, para a recuperação de 120 moradias. "A gente está
concluindo algumas informações para mandar para Brasília", disse Matos.
Segundo Matos, os problemas
das casas da Lagoa do Jacó são agravados com as chuvas, mas muitas delas estão
deterioradas e desgastadas pelo tempo, por isso a necessidade da restauração,
porque os moradores insistem em não deixar o local: "Residem lá há muitos
anos e as casas foram deixadas pelos pais, são herdeiros".
Enviado por: SD BM, Jorimar
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