A comissão
especial externa que acompanha as obras da transposição do Rio São Francisco
receberá na próxima terça-feira (19), em audiência pública, representantes de
12 empreiteiras contratadas para realizar os serviços. Na reunião, a partir das
15h, os senadores devem indagar os convidados sobre os motivos do atraso das
obras, agora com fim previsto para 2015, ultrapassando em três anos o prazo
fixado no cronograma inicial.
O novo
prazo foi confirmado pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, durante
audiência que a comissão realizou em novembro passado. No mesmo dia, técnicos
do Tribunal de Contas da União (TCU) alertaram que essa meta é possível de ser
alcançada, mas depende de melhoria na gestão dos contratos por parte do
ministério e reforço na supervisão das obras.
A
comissão especial foi criada em novembro, pouco depois da divulgação de
relatório do TCU apontando problemas. Então, apenas 43% das obras haviam sido
concluídas. Dos nove lotes, quatro se encontravam paralisados. Nesses, as empresas
alegaram impossibilidade de cumprir os contratos porque os custos ultrapassaram
os valores previstos.
Quem
preside a comissão especial é o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). Na relatoria
está o senador Humberto Costa (PT-PE), que deve apontar no documento final
soluções que permitam acelerar o cronograma. Além de ouvir autoridades e
empresas envolvidas, em março a comissão deve ainda vistoriar trechos das
obras.
A
integração do rio São Francisco com bacias hidrográficas do Nordeste visa levar
água a municípios de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. O
projeto inclui a construção de 700 quilômetros de canais, além de adutoras.
Está orçado atualmente em R$ 8,2 bilhões, ante um custo inicial estimado em R$
4,8 bilhões.
O projeto
foi iniciado em 2007, durante o governo Lula, tendo desde seu início constado
da lista de prioridades do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Agência Senado
Agência Senado
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