A falta de oxigênio nas
águas da barragem de Umari, em Upanema, município da região Oeste potiguar, foi
a principal causa da mortandade de 60 toneladas de peixes, fato ocorrido no dia
19 de janeiro. É o que revela estudo realizado pelo Instituto de Gestão de
Águas do Rio Grande do Norte (Igarn), Instituto de Desenvolvimento Sustentável
e Meio Ambiente (Idema) e Secretaria Estadual da Agricultura, da Pecuária e da
Pesca (Sape).
Outro motivo, ainda segundo
o estudo, foi o baixo nível da barragem, que está atualmente com apenas 18% da
capacidade. Igarn, Idema e Sape também descartam a possibilidade de o desastre
ter sido causado por alguma ação humana. “Foi uma questão natural. Houve mudança
no clima, concentração de matéria orgânica, diminuição do reservatório enquanto
capacidade de água existente, tudo isso provocou realmente a morte dos peixes”,
afirmou Josivan Cardoso, presidente do Igarn.
As investigações constataram
também que houve um erro na estimativa da quantidade de peixes mortos.
Inicialmente, se divulgou que 200 toneladas de peixes haviam morrido, quando na
verdade morreram 60 toneladas. Os peixes pertenciam a seis produtores da
região. Dos 372 viveiros existentes em Upanema, 156 foram atingidos. O
prejuízo, direto, foi de R$ 390 mil.
“Todos os negócios dessas
pessoas não paralisaram, mas tiveram uma redução drástica pelos próximos seis a
oito meses”, ressaltou Antônio Alberto Cortez, subsecretário da Sape.
Para tentar evitar outros
desastres como este, órgãos ligados à pesca farão uma campanha preventiva junto
a produtores. O trabalho deve acontecer na segunda quinzena de fevereiro.
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