Federação dos Trabalhadores na Agricultura, em parceria com o Fórum do Campo Potiguar, vai apresentar pauta de reivindicações à governadora Rosalba Ciarlini;
prejuízos provocados pela seca chegam a R$ 5 bilhões
Trabalhadores
rurais de todas as regiões do Rio Grande do Norte se reúnem em Natal, na
próxima terça-feira (21/05/2013), para participar do movimento Grito da Seca: sede de água, sede de
direitos,
uma grande mobilização que pretende chamar a atenção das autoridades e da
população para os problemas provocados pela seca.
A concentração
do movimento está marcada para as 8h, no Viaduto
de Ponta Negra.
De lá, cerca de cinco mil trabalhadores vão seguir, em caminhada, nicolas.reboucas@redeintertv.com.br
para as proximidades do Estádio Arena
das Dunas, onde acontecerá um ato público. Em seguida, o grupo irá para o
Centro Administrativo, com o objetivo de cobrar ações estruturantes do Governo
Estadual para a convivência com a seca.
A Federação
dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Rio Grande do Norte (Fetarn), que
está organizando o movimento, em parceria com o Fórum do Campo
Potiguar (Focampo), vai entregar uma pauta de reivindicações à governadora
Rosalba Ciarlini, destacando pontos como a questão da terra, os recursos
hídricos, a assistência técnica, a concessão de crédito aos agricultores, a
educação no campo e a segurança.
De acordo com
o vice-presidente da Fetarn, Francisco José, o maior problema hoje é a falta de
uma política definida de convivência com a estiagem. “Muitas ações são
anunciadas, mas grande parte esbarra na burocracia e não sai do papel. Não
existe uma política permanente de enfrentamento da seca”, afirma.
Um
levantamento realizado pela Fetarn aponta que os prejuízos provocados pela seca
à economia potiguar chegam aos R$ 5 bilhões. Segundo Francisco José, a grande
preocupação, neste momento, é com o desequilíbrio da economia rural. “A
situação é grave, e nós já perdemos 60% do rebanho bovino por causa da
estiagem”, ressalta o vice-presidente, completando que o problema da seca não é
só do campo: “A seca é uma questão que diz respeito também à cidade. Se o
Governo não tomar as providências necessárias, é possível que haja racionamento
de água até em Natal”.
O movimento Grito da Seca: sede de água, sede de
direitos é uma iniciativa do Fórum do Campo
Potiguar (Focampo), do qual a Fetarn faz parte. A pauta de reivindicações foi
definida com a participação da ASA, MST, FETRAF, MMM,
MLB, CSP-Conlutas, CUT, Comitê Popular da Copa, MLST, CPT, Pastorais Sociais,
FETAM e Levante Popular da Juventude.
Após a
mobilização, os agricultores vão continuar em Natal para negociar com outros
órgãos, como o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e a
Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB).
REIVINDICAÇÕES
O movimento Grito da Seca: sede de água, sede de
direitos tem uma pauta de mais de 50
reivindicações. Entre as principais, estão a criação de uma política de
recursos hídricos para universalizar o acesso a água no Rio Grande do Norte; a
implementação de um programa estadual de assessoria técnica permanente aos
assentamentos e comunidades; a estruturação dos órgãos de assessoria e
pesquisa; a ampliação do programa de distribuição de alimentos para os
rebanhos; a renegociação de dívidas e o financiamento para estruturação
produtiva da agricultura familiar; e a desapropriação de imóveis rurais pelo
INCRA.
Anna
Maria Jasiello: 8806-0212
Assessora
de Comunicação
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