Por Emídio
Sena/ Com informações de Gardênia Oliveira
A
capelinha construída no alto da serra da Veneza tem sua historia ligada a
passagem do cangaceiro Lampião e seu bando na zona rural do município de
Antonio Martins.
Um
dos aspectos mais interessantes da história da passagem do bando do cangaceiro
Lampião pelo Rio Grande do Norte, entre os dias 10 e 14 de junho de 1927, não
aponta apenas para os relatos de lutas, resistências, arroubos de valentia,
covardias, ou sobre o alivio em relação à fuga dos cangaceiros. Foi possível
encontrar em alguns locais, interessantes situações originadas pelo medo da
passagem de Lampião, que geraram manifestações que se perpetuam até hoje.
Comento
especificamente sobre uma ermida encontrada no alto de um promontório
denominado Serra da Veneza, próximo ao sítio Garrota Morta, na fronteira entre
os municípios de Antônio Martins e Pilões. Nesta elevação granítica, que
segundo o mapa da SUDENE chega a atingir a altitude de 555 metros, e existe uma
capela edificada em razão do medo provocado pela passagem do bando.
Primeiramente havíamos recebido uma informação que este pequeno templo fora erguido pelo fazendeiro Manoel Barreto Leite, conhecido na região como “Seu Leite”, proprietário de um sítio conhecido como Veneza e localizado próximo a esta serra. Esta informação dava conta que todos os anos, a família do proprietário rural mandava rezar uma missa como forma de marcar mais um aniversário da libertação de Barreto do julgo do bando. Tanto a construção da capela como a missa rezada anualmente eram parte de uma promessa que devia ser cumprida pela família Leite.
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