A
SAGA DO NORDESTINO
O
rosto do sertanejo
Ele
é diferenciado
Seu
semblante é abatido
Seu
olhar distanciado
A
face cheia de rugas
Pela
luz do sol queimado
Sempre
foi descriminado
Pela
elite cultural
Seu
trabalho e seu suor
Sem
valor profissional
Sua
luta tem sido em vão
No
cenário nacional
Tratado
como animal
Que
só recebe a ração
Sem
ter direito ao lazer
Saúde e Educação
É
como está sendo tratada
A
pobreza da Nação
Propina
e corrupção
Tirando
deles o direito
Uma
classe social
Cultivando
o preconceito
Sem
nunca ter conquistado
O
seu devido respeito
Os
hospitais sem ter leitos
Vê-se
na televisão
Os
pobres nos corredores
Sem
a menor proteção
Sendo
eles os responsáveis
Pela
a nossa evolução
Tem
que haver compaixão
Por
quem está no poder
Os
nossos problemas crônicos
É
preciso resolver
Mas
quem está no comando
Não
tenta isso fazer
Tudo
volta a acontecer
Com
a seca no sertão
Depois
de dez anos sem
Não
se fez a prevenção
Os
nordestinos esperando
Do
Chico a transposição
A
mesma enganação
E
os nordestinos iludidos
O
dinheiro dos projetos
Pelos
barões consumidos
A
Cachoeira de roubos
Carregando
os excluídos
Nosso
sertão ressequido
Sem
dó e sem piedade
Um
problema que se arrasta
Pela
falta de vontade
Dos
políticos da Nação
Que
só pensam em vaidade
Eu
peço por caridade
Mais
atenção e amor
Não
deixe morrer de sede
O
homem trabalhador
Que
só quem é nordestino
Pode entender esta dor
Escreveu:
Davi Calisto Neto
Antônio
Martins-RN, 07/06/2012
Um comentário:
Parabens pelo poema. E o retrato real do povo nordestino, povo trabalhador e sofredor, que construiu são paulo, brasilia e numca foi reconhecido.O nosso pais é riquíssimo, pena que existe uma classe podre e corrupta que rouba o suor dos pobres.
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