A Agência Nacional
de Energia Elétrica (Aneel) aprovou na última sexta-feira uma alta na taxa
extra cobrada na conta de luz, no chamado sistema de bandeira tarifária. Com
isso, a conta deve ficar mais cara, em média, 23,4% a partir de segunda-feira (02/02/2015).
Haverá alta para 58 distribuidoras de
eletricidade do país. Para a Eletropaulo, o aumento médio das tarifas será de
31,9%, enquanto a Cemig terá alta de 28,8%. Para a Light, o aumento será de
22,5%.
Essa cobrança extra é uma consequência
do uso da energia das termelétricas, que é mais cara, pelas distribuidoras. O
sistema de bandeiras tarifárias traz um custo adicional na tarifa de acordo com
a necessidade do consumo dessa energia.
As usinas termelétricas são acionadas
quando há alta no consumo e a energia gerada pelas hidrelétricas, mais barata,
não é suficiente para abastecer todo o sistema.
Alta
de 83% para as bandeiras
No caso da bandeira vermelha, o valor a
ser pago pelos consumidores passa a ser de R$ 5,50 para cada 100 quilowatt-hora
(kWh), ante os R$ 3 que estavam vigorando desde o início do ano, uma elevação
de cerca de 83%.
Já a bandeira amarela passará do R$ 1,50
atual para cada 100 kWh para R$ 2,50, alta de 66%.
Bandeiras
funcionarão como semáforo
As bandeiras funcionam como um semáforo
de trânsito, com as cores verde, amarela e vermelha para indicar as condições
de geração de energia no país.
Por exemplo, quando a conta de luz vier
com a bandeira verde, significa que os custos para gerar energia naquele mês
foram baixos, portanto, a tarifa de energia não terá nenhum acréscimo.
Se vier com a bandeira amarela, é sinal
de atenção, pois os custos de geração estão aumentando.
Já a bandeira vermelha mostra que o
custo da geração naquele mês está mais alto, com o maior acionamento de
termelétricas.
A cobrança pelo sistema de bandeiras
tarifárias vai ser dividida por subsistemas, o que quer dizer que os
consumidores de Estados do Sul podem pagar um valor diferente daqueles que
moram mais ao Norte do país. No entanto, a bandeira aplicada mensalmente será a
mesma para todas as distribuidoras de um mesmo subsistema.
(Uol Com Reuters e Agência Brasil)
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