Prejuízo já chega a R$ 412 milhões em 56 municípios
Raissa
Ebrahim
A seca no Sertão
nordestino já contabiliza um prejuízo de R$ 412 milhões em 56 municípios. As
perdas mínimas, de acordo com o secretário da Agricultura e coordenador do
Comitê de Enfrentamento à Seca, Ranílson Ramos, são de 91%, sobretudo no
Araripe, São Francisco e Moxotó.
As culturas mais
atingidas são as de feijão, milho e mandioca. Quem cria gado está se desfazendo
do rebanho rapidamente porque não há perspectivas de chuva e os animais estão
sem ter o que comer. A estiagem promete ser a pior dos últimos 30 anos.
“Estimamos que as
perdas nas culturas estão entre 91% e 100%. A situação mais complicada é a do
feijão, com prejuízo que já chega a R$ 210 milhões. A produção de mandioca, por
sua vez, contabiliza perdas de R$ 70 milhões”, calcula o secretário.
Outra situação que
preocupa é a do gado. Segundo Ranílson, a Guia de Trânsito de Animais (GTA),
documento que oficializa a movimentação, já registra um aumento de vendas e
abates de mais de 120% quando comparado ao mesmo período do ano passado.
“Nessa época, em 2011,
haviam sido emitidos 315 mil GTAs. Nosso último levantamento para 2012 aponta
720 mil documentos. Já perdemos mais de 10% do nosso rebanho e nossas vendas
praticamente dobraram.”
Os donos dos rebanhos
estão se desfazendo dos animais mais rapidamente por causa da perda da forragem
animal. Em muitos casos, os bichos são vendidos pela metade do preço,
principalmente os menores, que têm menos valor.
Pelos números do
secretário, nosso rebanho hoje é de 6 milhões de animais, sendo 2,4 milhões de
bovinos e 3,6 milhões de caprino e ovinos.
O secretário comunicou
ainda que o balanço da bacia leiteira deve sair na próxima semana.
NORDESTE
De acordo com
levantamento feito pelo jornal Valor Econômico, a seca no Piauí já atingiu 150
municípios e a previsão de perda média é de 80%.
Sergipe, o segundo
maior produtor de milho do Nordeste, atrás apenas da Bahia, ainda não iniciou
os plantios, pois a chuva que geralmente inicia em maio ainda não deu sinal.
No Maranhão, principal
produtor de arroz da região, estima-se perdas de 80% a 100% na produção do
cereal. No caso do milho, o prejuízo já chega a 50%.
Fonte: JCOnline
*Enviado por Alisson Calixto
Departamento de Resposta a
Desastres
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